Cada dia que passa é uma jornada que termina.
Umas mais positivas, outras em que somos tocados por algo mais significativo mas no final do dia deixámos de ser a mesma pessoa que acordou.
Ainda Praga
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Uma dos momentos que mais me marcaram em Praga foi um concerto de jazz, num clube citado anteriormente, onde tive oportunidade de ouvir os "Organic Quartet". Quatro musicos de excelente qualidade, com idades a variar entre os 27 e os 22, vencedores de um prémio de banda revelação e donos de uma sonoridade bem agradável.
Os meses de verão e as férias convidam sempre a ler um pouco. A escolha das ultimas semanas foi a trilogia da Guerra dos 100 anos, de Bernard Cromwell: Harlequim; Vagabundo e Graal (numa tradução pouco favorável de Heretic). O enrendo, ao estilo puramente Cromwelliano, baseia-se num conjunto de factos históricos como a batalha de Crécy, a captura do rei escoçês no norte de Inglaterra e as perseguições religiosas aos Cátaros. Para mim, é ver um passado de zonas onde já estive, nomeadamente a Gasconha e o Languedoc, com a referência a cidades e castelos recheados de misticismo. É uma leitura light mas que caminha a passos largos para a conclusão (vou a meio do terceiro livro), as páginas voam rapidamente e sei que vou terminar mais esta obra com um conhecimento mais apurado de uma época que marcou a história medieval da Europa. Os entusiaste do autor vão dar o tempo como bem empregue.
Se até à última semana a moral estava em alta, acabei de entrar no calvário. Â duas sessões de terminar isto, a acumulação de radiação começa a deixar marcas no pescoço (queimaduras evidentes e feridas a aparecer), dores de garganta (que associadas à perda de apetite me retiram toda a vontade de comer) e agora a náusea que certos cheiros me provocam. Já devo ter perdido uns 6 kg, uma parte nota-se na massa muscular, a outra felizmente da barriga, mas é na cara que estou “francamente mais magro” segundo alguns colegas. Na 2a tenho dose dupla - 8.00 e 20.00 - para acabar com isto é adivinha-se uma semana com algumas dificuldades até poder voltar a comer direito. Já a pele, em Maio conto estar ok. Só falta um danoninho, há que cerrar o dente e fazer os últimos metros da corrida.
Ontem foi um dia diferente, daqueles dias que a memória não esquece e que encaro sempre com um nervoso miudinho. A meio da manhã tinha o meu exame "rotineiro", a bela da ressonância magnética que explora as entranhas da minha pessoa em busca de algo anormal, que não deva lá estar. O ritual repete-se todos os semestres, nos ultímos quatro anos e, apesar de consecutivamente os sinais serem positivos, o apertar na barriga está sempre lá. E fica pior quando a rotina do exame se prolonga por alguma razão, fruto de um esclarecimento adicional que o radiologista quer ter ou duma imagem com pior qualidade. Nessas alturas, em que estou completamente rodeado pela máquina, a sensação de impotência aliada com a claustrofobia faz com que se pense em tudo o que passei em 2003 e se vou ter que repetir a dose. Finalmente de pé, vem o sorriso do médico (companheiro destas jornadas e, por mero acaso, marido da minha médica de familia) e o resultado praticamente na hora - "está tudo na mes...
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Perdoa-me o tremendo Off Topic mas: FOSTE NOMEADO :)
Abraços parceiro