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Showing posts from July, 2007

Blackle

Recebi ontem um mail de um amigo com um desafio interessante, que abraçei na hora, e que gostava de lançar a todos. Segundo alguns estudos, os ecrãs de fundo claro no computador gastam mais energia do que ecrãs em fundo escuro, pelo que surgiu a ideia de disponibilizar um google versão "dark", já que é a página mais usada na internet e muitas vezes é a primeira página visualisada quando cada um de nós abre o seu browser. Com esta pequena alteração podemos passar de um consumo de 74 para 59 watts que, aliado ao efeito multiplicador por um conjunto de users, permite poupanças significativas de energia, sem alterar em nada de relevante os nossos padrões de utilização de internet. Para os que querem saber mais sobre este projecto, consultem http://www.blackle.com/ . Este artigo também está muito interessante: http://ecoiron.blogspot.com/2007/01/black-google-would-save-3000-megawatts.html Espero que depois de ler altere o seu browser por default e passe a mensagem. Não custa nada.

Terras da Heidi

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Nestes dias tive uma breve jornada pela terra dos canivetes, relógios e chocolates, ou para os mais moralistas, o país que enriqueceu à conta da lavagem de dinheiro e do sigilo bancário: a Suiça. Nestes dois dias deu para perceber que se vive muito bem em Zurique. A cidade é organizada, muito limpa, com um lago fantástico a dar um ar de Lisboa, onde às 19.00 se viam pessoas a nadar, a remar e a velejar, o que de facto é um previlégio nos dias de hoje. Vantagens de quem entra às 8.30, almoça em meia hora e sai do trabalho às 17.00, há tempo para tudo. No entanto, o nível de vida é bastante elevado. Os preços são bem mais altos do que os daqui do burgo, mas quando se ganha o triplo há sempre orçamento para algumas "loucuras". É prática comum fazer ciclismo na montanha ou aproveitar o fim de semana para visitar uma pista de ski. Fiquei com vontade de lá voltar, provavelmente numa ocasião em que as finanças me permitam uma férias estravagantes, para conhecer com tempo uma cidade

Mercado medieval de Óbidos

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Fui este fim de semana visitar a vila de Óbidos e o mercado medieval e fiquei agradavelmente surpreendido e como vontade de repetir para o próximo ano, apesar do grande fluxo de pessoas e da confusão instalada. Primeira surpresa, placards enormes com o destaque da vila ser uma das maravilhas de Portugal. O local é excelente, Óbidos tem um encanto muito próprio e a organização montou um conjunto de infraestruturas junto à zona da torre de menagem para recrear toda uma época que faz as delicias de adultos e crianças. Desde um mercado exterior à muralha, onde dezenas de figurantes passeavam por entre os visitantes, a um anfiteatro onde era possível ver espectaculos de fogo e pirotecnia, a cada esquina surgia algo que nos fazia viajar no tempo. No final ainda fui brindado por uma dança árabe interpretada por 3 músicos e uma bailarina, como se de uma despedida se tratasse, a relembrar que para o ano há mais. Mas Óbidos não pára, em agosto irá receber um festival de ópera que promete ser bem

Salgado ou azedo?

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No rescaldo das autárquicas de Lisboa, e a mais que esperada eleição da lista do PS, gostava de reservar algumas linhas para o nº 2 desta lista, o arquitecto Manuel Salgado. Senhor de um currículo criativo onde se destacam o Centro Cultural de Belém e o Estádio do Dragão, este artista do lápis também fez aquele belo edifício junto à Igreja dos Barbadinhos - obra que viola o PDM de Lisboa em vários aspectos - e agora responsável pelo hotel da APL (Administração de Lisboa) na zona de Belém. Ou seja, a premiscuídade em todo o seu explendor. Numa altura em que a classe política arrasta a sua credibilidade pelas ruas da amargura, parece que temos um vice-presidente novo na política mas experiente na arte de ser artista. Parece que agora é o rio que está a saque, com a pressão da APL e a incúria do poder política. Qualquer dia ainda querem construir no Parque Eduardo VII ou mandam o Castelo de S.Jorge abaixo. Ai Lisboa, que triste sina a tua...

O canto do cisne

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Nestes anos de jornadas já escrevi muitas páginas, numa sucessão de capítulos de acordo com os dias vividos. Noutras ocasiões, porém, a mudança é de tal forma crítica que senti vontade de fechar o livro para mais tarde recomeçar outro, num contexto diferente e com outro enquadramento. É quase do estilo da literatura clássica, em que os tomos agrupam fases ou ciclos de vida. Nestes dias aproxima-se o fim de um novo ciclo, que antecipava há alguns dias. Escrevem-se as ultimas páginas deste volume. Talvez ainda haja tempo para um epílogo, mas sinto os "ventos de mudança" soprarem aos meus ouvidos e devo seguir o que os meus instintos me dizem. As relações quando terminam deixam sempre marcas. Quando acabei o meu primeiro namoro a sério chorei por uma mulher, quando saí do meu primeiro emprego senti um nó no estomago, e hoje as sensações que experimentei tiveram um mixto de raiva e tristeza, especialmente porque esperava mais dos outros. Pode ser por orgulho, pode ser por teimosi

Calimero

Hoje ouvi uma notícia, no seguimento de uma peça que a SIC passou ontem, que a Caixa Geral de Aposentações recusou a passagem à reforma de duas professoras por não considerar que as doenças de foro oncológico com que se debatem sejam razão para o abandono precoce do mercado de trabalho. Hoje, com mais calma, apercebi-me que uma das senhoras se encontra ainda em tratamento e com a respectiva baixa até Maio de 2008. Acredito, e sei, que a senhora deve estar a atravessar uma fase difícil, que nestas alturas questionamos tudo na vida e só queremos que a fase da quimioterapia passe. No entanto, acho cómico que alguém saiba como se vai sentir daqui a um ano, especialmente quando a ouço dizer que "não se vê capaz de continuar a trabalhar quando a baixa acabar". Isto é o espelho da mentalidade pequenina que abunda no nosso país. Há pessoas que adoram ser os coitadinhos e de se vitimarem pelos azares da vida. Lembrei-me de uma colega com o mesmo problema, cancro da mama, que se submet

Apetece-me...

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Apetece-me sair daqui, caminhar sem destino, apreciar o que passa à minha volta... Apetece-me cortar amarras e sentir-me um barco de papel, navegando ao sabor da corrente... Apetece-me vaguear ao sabor do vento, sem preocupações, sem trabalho, apenas com a minha companhia de sempre... Apetece-me andar descalço na relva, subir a uma montanha, beber Guinness e ouvir sons familiares... Apetece-me tanta coisa, e as férias ainda não chegaram.

Uma viagem diferente

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Ouvi hoje que desde o século dezoito que era comum que os navios portugueses a caminho da Indá levassem vinho em barricas para venderem nos diversos portos onde acostavam, e dessa forma rentabilizar os ganhos do armador e dos produtos associados. No entanto, nem sempre o negócio corria bem e esta carga regressa ao país de destino. Conhecido pelo "Vinho da Volta", este vinho era essencialmente moscatel ou vinho da madeira e, neste processo de envelhecimento - com a humidade, temperatura e balanço do mar - adquiria um sabor muito próprio, tornando-o um vinho bastante apreciado. Para comemorar este facto, a José Maria da Fonseca associou-se à armada portuguesa e o navio Sagres embarcou nos seus porões barricas de vinho moscatel, que deverá regressar a Portugal lá para os finais de Outubro. A prova poderá ser feita no museu deste produtor centenário, a partir de Novembro.

Portugal faz bem

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Esta semana Portugal está nas bocas do mundo. Temos os campeonatos do mundo de vela em Cascais, onde se decide o apuramento para os jogos olímpicos de 2008 e o anúncio das 7 maravilhas do mundo, num cenário que podia perfeitamente ser a 8ª (os não benfiquistas que me perdoem, mas a Luz tem uma mística especial). Qualquer um destes eventos, cada qual no seu segmento específico, irá ser vistos por todo o globo, numa prova que em Portugal podemos organizar bem, ao nível do que é feito lá fora. Felizmente os suiços voltaram a ganhar a America's Cup, pelo que podemos voltar a estar na corrida para a próxima organização. Para os mais cépticos, estes eventos são importantes e mostram que, num mercado competitivo, Portugal pode conquistar o seu espaço.

Marketing desportivo

Recentemente, não há dia que não receba uma piada sobre a camisa cor de rosa do Benfica. Que é mariquinhas, que não é cor para um clube de futebol, enfim, tantas piadas que fazem a alegria dos anti-benfiquistas. O que muita gente não percebe é que, como qualquer (boa) campanha de marketing, a mensagem passou. O equipamento alternativo não passou despercebido, todos falam dele e acredito que vá ser um sucesso de vendas. Em anexo fica a explicação de um grande benfiquista ao fenómeno do cor de rosa, e não se admirem que nos próximos tempos a concorrência lance uma equipamento azul celeste ou amarelo bébé. Depois quero ver se os comentários se repetem. http://www.youtube.com/watch?v=y1Yfp_GMH9A

Et tu Brute?

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A mente humana é de facto complexa e mesmo quando pensamos que não devemos ligar a certas coisas, eis que elas ficam e remoiem, devagarinho. Sei que sou um tipo com uma personalidade forte, obstinado e que não gosto de perder, nem a feijões. Mas quem me conhece melhor sabe do que sou capaz de fazer pelo meu amigo e que comigo as coisas não ficam por dizer (se calhar por isso o prémio "Blog com tomates"). Por outro lado, a capacidade de ler nas entrelinhas é algo que, pelos vistos, falta a algumas pessoas e depois interpretam mal algumas acções de outrém. Desta ver o outrém sou eu e a crítica veio de quem está próximo. Se calhar não me expliquei bem, quando o devia ter feito, mas o mais provável é que a necessidade de explicações esteja enviesada por outros factores. Pena que, para outros, falte a coragem de questionar e dessa forma compreender o porquê. Há ciclos que começam e são belos enquanto duram, mas sinto que este ciclo está a terminar. Hoje sinto-me como Julio César n

Leon, o profissional

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Ao escrever sobre Cyrano e o cinema françês, lembrei-me de alguns filmes da minha vida, aqueles filmes que ainda hoje vejo e revejo como se fosse a 1ª vez, e que continuam a despertar em mim sentímentos intensos e emoções fortes. "Leon, o profissional" de Luc Besson é um desses filmes. Com Jean Reno e uma imberbe Natalie Portman, o filme retrata a vida de um assassino profissional que "adopta" uma criança que fica orfã. Num mixto de desinteresse e compaixão, o filme mostra que até o coração mais duro pode amar. Reeditado recentemente em versão portuguesa, é daqueles filmes que ficam na história.

Paintball

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Neste fim de semana terminou a Liga Portuguesa de Paintball 2007/2008, prova onde tenho jogado com a assiduidade possível, em defesa das cores do meu clube. Apesar da prova ter corrido bem para o nosso lado - 1º lugar em Amador 7 e 3º lugar em Novice - o ranking geral da liga não foi o melhor (4º e 5º lugar na geral das respectivas divisões). A Novice a equipa surpreendeu nesta prova, apenas perdeu um jogo na fase preliminar, bateu o pé a formações mais fortes e terminou a época em crescendo. Adivinham-se grandes sucessos para a próxima época, mesmo com algumas baixas por motivos pessoais mas com reforços de qualidade, com o espírito do Bando. Na divisão Amador 7 a época soube a pouco, especialmente quando a equipa conquistou por duas vezes o 1º lugar. Mas este ano ocorreram 2 situações "caricatas". Primeiro, a impunidade com que um clube rodou jogadores da equipa principal para outra secundária na 4ª etapa, garantindo o 1º lugar na geral. Surpreendentemente, na 5ª etapa volt

Paraísos

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Todos nós temos "aquele" local que procuramos nas alturas de tempestade, o sítio onde deixamos as preocupações para trás e apenas vivemos o dia a dia. Nos ultimos anos deparei-me com alguns destes "refúgios", onde recarreguei baterias e vivi passos importantes da minha vida. Vernazza, na costa da Ligúria, situa-se no parque nacional de Cinque Terre, um conjunto de 5 aldeias italianas encaixadas nas rochas, unidas pelo caminho de ferro e por um caminho pedestre que segue ao longo da costa, permitindo apreciar a paisagem ou até tomar um banho nas águas quentes do Mediterrâneo. Assim abro a porta do meu primeiro refúgio.

Cyrano de Bergerac

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Nunca gostei de cinema françês mas é curioso que alguns filmes da minha vida tenham presença desta lingua, quer na realização ou no elenco. Quando vi "Cyrano de Bergerac" pela primeira vez, tinha eu 18 anos, a personagem interpretada por Gerard Depardieu deixou marcas. Cyrano era corajoso, altruísta, eloquente, mas pouco confiante nos jogos da sedução e com uma auto-estima nula fruto de um nariz mais "avantajado", que o tornava "disforme" aos olhos da mulheres. O filme relata a um amor impossível de Cyrano por uma prima, que se apaixona por um jovem cadete. Cyrano vê no cadete o homem que ele não pode ser, entrando num jogo de cartas de amor que alimentam a paixão de Roxanne. Num mixto de heroi poeta, a cena inicial do duelo em rima é fantástica e a emoção das palavras é exemplarmente representada por Depardieu. O final não é feliz e marcou muito a maneira como passei a ver os sentimentos e as relações. Não há nada a perder quando falamos de sentimentos, n

Amigos

Sempre tive a felicidade de lidar com muita gente e de ir semeando amigos por todo o lado. Ainda miudo eram os amigos da rua, os da escola, os do inglês, os da musica, grupos completamente distintos mas com os quais encontrava sempre alguém com quem me identificava. Pena que, com os anos e os rumos da vida de cada um, certos contactos se percam. No entanto, a verdadeira amizade não vive apenas do contacto regular. Um grupo recente de amigos - os da Pós-Graduação - é o exemplo disso. Sem estarmos juntos semanalmente ou nos encontros regulares de café, entre uma troca de emails e alguns telefonemas lá nos vamos mantendo a par das novidades, e quando chega ao dia do reencontro é sempre momento de festa, quase do estilo do regresso dos emigrantes à aldeia. No final ficaram as palavras da anfitriã: "Apesar de estarmos meses sem nos vermos parece que a ultima vez foi ontem". Há de facto um laço muito forte entre nós, como há com aqueles amigos de infância. A todos os meus amigos, m