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Showing posts from January, 2008

Politíquices

Nos últimos dias tivemos uma mini renovação do governo, naquilo que alguns chamaram o acalmar da contestação por parte do nosso primeiro, sem trazer grandes alterações ao elenco governativo. O "árabe" do deserto contínua em funções enquanto um dos ministros mais polémicos mas que, pessoalmente, admirava pela frontalidade e pela coragem em tomar medidas de fundo na sua tutela, foi susbtituído por uma senhora. Curiosamente, a actual ministra da saúde entra em funções na altura em que uma caso de má utilização de dinheiros públicos da ARS de Lisboa ainda se encontra por resolver, é o que se chama entrar com o pé oposto ao direito. Correia de Campos não foi um ministro popular mas, ao analisar em detalhe algumas das decisões mais contestadas, percebemos que ter SAPs abertos para ver 3 ou 4 pessoas por noite ou ter meios dispersos por poucas dezenas de kilómetros além de pouco eficaz é extremamente oneroso e não se traduz em melhores serviçoes para os utentes. Vamos ver se a suces

Fritz, the Cat

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Foi um filme de BD dos anos 80, que retratava a vida de um gato urbano, num mixto de vadiagem e bom vivant. Foi também o nome que escolhi para o pequeno siamês que ofereceram à minha mãe na primavera de 1990 e que mudou para sempre as nossas vidas. Hoje fiquei mais pobre. O fiel companheiro de 18 anos, os últimos vividos de forma diferente desde que saí de casa dos meus pais, terminou a sua passagem pelo mundo dos homens. A alegria de um animal de estimação esvai-se pela forma como ele parte. Por mais que nos mentalizemos que a esperança média de vida da nossa companhia é inferior à nossa, nunca estamos preparados para o dia em que ficamos sem ele. Longas momentos de companheirismo, fidelidade e amizade passaram-me durante o dia pela memória. As horas de estudo com ele ao lado, os passeios à noite, pela trela, as brincadeiras de felino ou o ronronar com que nos brindava quando pedia colo deixaram um vazio naquela casa que, assim, ficou mais triste. Era o "filho mais novo", aq

Um dia especial

Faz hoje exactamente 5 anos que, a esta hora, estava no recobro da cirurgia que debalou numa primeira fase a minha estreia oncológica. Num processo célere e muito profissional, fui consultado a 16 de Janeiro e operado a 27 desse mês, no hospital do SAMS. As prespectivas eram razoáveis, afinal seria apenas um estudo exploratório que poderia não ser nada. Mas não foi, face aos resultados da biópsia a solução foi retirar o foco do problema e esperar uns meses para avaliar o resultado. Dizem que os casos oncológicos se consideram tratados passados cinco anos, eu ainda não fiz o ultimo check-up mas a manter-se os resultados anteriores poderá ser desta. No entanto, a atenção será sempre redobrada e a vida nunca mais foi a mesma. Agora venha a próxima ressonância segunda feira.

Rorke's Drift

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O nome pouco diz mas ficou na história como uma das batalhas épicas , daquelas onde menos de duas centenas se bateram contra alguns milhares e viveram para contar. Em pleno século XIX o império britânico alargava as suas possessões ultramarinas. No continente africano os ingleses marcavam posições no Egipto e procuravam a famosa ligação do Cairo ao Cabo, que culminou no Ultimatum que fizeram ao rei D. Carlos a exigir o território entre Angola e Moçambique. A sul, o expansionismo britânico virava-se para o império Zulu, nação orgulhosa e a maior da região. No entanto, as primeiras investidas revelaram-se dificeis, com os ingleses a serem fortemente derrotados em Isandlwana, no que ficou para a história como a maior derrota do exército britânico contra forças nativas. Após a pesada derrota, nada impedia os Zulus de marcharem sobre território inglês, tirando uma pequena guarnição de 139 homens que tinha ficado para trás a proteger um hospital de campanha, numa missão em Rorke's Drift.

Death Proof

O ultimo filme de Tarantino salienta o "dark side" do realizador, cruzando dois histórias onde a personagem principal (é sempre bom ver Kurt Russel) persegue um grupo de jovens beldades. Os desfechos são bem diferentes, no seu estilo muito próprio, que volta a dar a cara por uma das suas personagens secundárias. Pessoalmente, dei por bem empregue o tempo. Fica o momento mais erótico do filme, ao som dos "The Coasters".

Mestrado - parte I

E ontem terminou o primeiro ciclo de exames, com aquela sensação que podia ter feito mais mas paciência, a 2ª época em Fevereiro vai dar para fazer uma melhoria. Terminámos a temporada num jantar bem animado, onde o convivio entre colegas mais e menos próximos permitiu estreitar relações e conhecer melhor o colega da mesa do lado. Este sim, para mim, o real valor deste tipo de formação: a troca de experiências e realidades profissionais, o compreender outras áreas de negócio e como podemos aprender com os outros. Ao meu grupo de trabalho, que foi um pilar nos ultimos meses em que não andei com a cabeça no sitio, um muito obrigado. O segunto semestre está à porta e depois é altura da famosa tese, haja forças que ainda estamos no intervalo.

Arriverderci

Ontem senti na pele uma vitória de Pirro. À semelhança do general grego, duplamente triufante contra o colosso império romano, senti a alegria de conseguir o que pretendia mas o amargo de boca no final mostrou-me que o preço a pagar foi elevado. E depois de uma batalha destas, a solução é a retirada. Está na hora de fazer a trouxa e mudar de ares, o novo spot já está escolhido e preparado, agora é jogar as última mãos e colocar as cartas que faltam na mesa. Já era tempo...

Manuel Maria Barbosa du Bocage

Nos momentos mais sizudos, leio este sadino e o sorriso rasga-se de orelha a relha. É pau, e rei dos paus, não marmeleiro "É pau, e rei dos paus, não marmeleiro, Bem que duas gamboas lhe lobrigo; Dá leite, sem ser árvore de figo, Da glande o fruto tem, sem ser sobreiro: Verga, e não quebra, como zambujeiro; Oco, qual sabugueiro tem o umbigo; Brando às vezes, qual vime, está consigo; Outras vezes mais rijo que um pinheiro: À roda da raiz produz carqueja: Todo o resto do tronco é calvo e nu; Nem cedro, nem pau-santo mais negreja! Para carvalho ser falta-lhe um U; Adivinhem agora que pau seja, E quem adivinhar meta-o no cu."

And the band plays on...

Com o novo ano assistimos já a algumas decisões (e antevisões) do que será o ano de 2008`, à laia do "professor martelo". José Socrates decide não referendar o Tratado de Lisboa, a meu ver bem, já que a população portuguesa apenas sabe referendar governos, presidentes, câmaras municipais e juntas de freguesia. Quando toca a dar uma opinião, a participação resume-se a uns tímidos 30 a 40%, e isto quando não estamos no verão. Ao nosso Primeiro, 15 valores O aeroporto vai ser construído no deserto. Ainda pensei que, com a crise da Mauritânia, o Dakar fosse feito na margem sul mas pelos vistos Mário Lino errou com o célebre "Alcochete jamais". Parece ser altura de dizer, Mário Lino jamais. Vamos ver como será a remodelação do governo que muitos pensam mas poucos falam. Aqui o meu RESPECT vai todo para o Eng. José Viegas, uma das vozes mais críticas e que, com tempo e paciência, conseguiu mostrar a alternativa ao cenário da Ota e poupar muito dinheiro aos cofres públicos

Herbie Hancock

A musica às vezes tem destas coisas e, depois do post anterior, dei por mim a procurar sons antigos que marcaram a minha educação do Jazz. Hancock foi dos primeiros, muito fruto do Chameleon, que acompanhava o genérico do Pão Com Manteiga na rádio. Ainda guardo esse vinyl. Com o tempo aprofundei o meu conhecimento deste musico de eleição, que tocou a primeira vez ao vivo com 16 anos e tem no seu currículos centenas de interpretações com gigantes do Jazz como Miles Davis e Dizzie Gillespie. Deixo-vos com Watermelon Man ao vivo, com Miles Davis. Um jazz intemporal...

Autumn Leaves

Esta música ouvi-a a primeira vez num disco ao vivo de Louis Armstrong. O clarinete destacava-se pelo som grave e quente, num ícone ao jazz dos anos 30 e 40, soberbamente interpretado por "Peanuts" Huckle. Recentemente cruzei-me com uma versão, contemporânea, que agrupou três colossos do jazz actual: Pat Metheny, Ahmad Jamal & Gary Burton. Fica num entanto um clip feito ao som do antigo Autumn Leaves.

ViniPortugal

Onde foi dia de novos aromas e sabores. Após ler alguns comentários no blog do amigo Pratas, ficou o desafio de fazer uma visita à ViniPortugal e provar, in loco, alguns dos néctares nacionais. Pelo que me explicaram, de 3 em 3 semanas existem regiões com mais opções, no sentido de dar a conhecer o que se produz por todo o país. A base de eleição desta vez estava focada nas Beiras e Ribatejo, com algumas opções do Douro. Sempre com a atenção das anfitriãs, Isabel e Marta, fomos escolhendo os rótulos a provar: dois brancos e dois tintos, com uma breve incursão por um rosé bem diferente pelo meio. O facto de termos o auxílio do Pratas permitiu encarar esta primeira experiência de uma forma diferente, já que o meu conhecimento vínicola se resume a algumas castas e regiões específicas, de que normalmente sou apreciador. De entre os diversos vinhos provados, destaco o Don Tedon 2006, um branco do Douro onde pontificam diversas castas tradicionais da região e os vinhos de Mark Stephen Schul

Novo ano

A entrada do novo para mim tem um efeito quase imediato que se reflecte na idade. Como por vezes digo entro no ano logo em mudança. 2007 foi um ano profissionalmente desafiante, onde assumi grandes desafios e atingi bons resultados. Foi um ano onde aprendi a me conhecer melhor e a perceber as pessoas que me rodeiam, a compreender que nem tudo é branco ou preto e que os cinzentos da vida deixam as suas mossas. Para 2008 espero um ano pelo menos igual, apesar de emocionalmente ser um ano diferente. Janeiro começa com os 36 anos e termina com o período de "carência" depois da minha experiência com uma neoplasia. Vamos aguardar pelo final do mês e esperar que finalmente atire essa jornada para trás. A todos os leitores os votos de um 2008 em grande, com tudo de bom Acima de tudo, sejam felizes e vivam, vivam como se amanhã fosse o ultimo dia e aproveitem tudo até à última gota.