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Showing posts from May, 2008

O stress

Hoje fiquei surpreendido, afinal quando se recebe uma prenda que não se está à espera é sempre agradável. Especialmente vinda de alguém que, nos últimos tempos, tem sido uma boa ouvinte e excelente companhia, especialmente na fase conturbada da mudança profissional. Por várias vezes me cobraram o facto de ser um pouco autoritário e, por vezes, tentar ser mandão, mas foi curioso encontrar do outro lado uma pessoa com um feitio parecido e durante cerca de 6 meses não ter existido um stress. Talvez por isso recebi uma curiosa literatura: "O pequeno livro do stres - A calma é para os fracos". Acho que foi a maneira mais cool que tive de me chamarem fraco mas vou seguir o conselho e stressar-me um bocado. Miúda, obrigado e tu estás no patamar daqueles que têm um lugar de destaque, dos amigos mesmo fixes.

Vietname

A minha geração teve no Vietname o tema principal dos filmes de guerra. Se na altura fiquei deslumbrado ao ver "Apocalypse Now" e comovido com "O caçador" , foi com "Platoon" que vivi mais a imagem dessa guerra e passei a seguir dois actores desde então: Tom Berenger e William Dafoe. Nessa altura Oliver Stone conseguiu também marcar-me com outro filme, "Salvador", onde os dramas de uma guerra cívil neste pequeno país da América Central era visto por um jornalista, numa brilhante interpretação de James Woods. A história é do conhecimento de todos e, depois de "Platoon", nunca mais ouvi o Adágio de Barber sem sentir aquele arrepio na espinha, com o choro das cordas a transportar-me para esta cena. Um grande momento de cinema...

Futurologia

A cadeira chama-se Business Inteligence e o desafio era escrever sobre um dia de um português em 2018, de acordo com as tendências encontradas na pesquisa bibliográfica. A todo o meu grupo obrigado pelas horas dispendidas na recolha de informação, o meu contributo foi mais direccionado para as linhas que podem ler aqui: http://2018emportugal.blogspot.com/ Esperamos que o futuro seja um pouco mais risonho mas admito que fui muito conservador, não adivinho nada de bom para 2018.

Ícones ou talvez não

Desde sempre que os portugueses se viraram para o “filho pródigo”, aquele que quando aparecer irá resolver os males, ao estilo do Messias que veio salvar o mundo. Começou com o D. Sebastião, que alguns esperavam numa madrugada de nevoeiro para livrar Portugal dos espanhóis, como se o jovem imberbe que usou a coroa soubesse governar alguma coisa. Mas nos dias de hoje este sentimento ultrapassa temas e encontra reflexos nas diversas áreas. É no PSD, onde Manuela Ferreira Leite é vista como aquela que irá trazer o PSD de volta ao governo, no Benfica, onde Rui Costa é tido como o salvador do clube a partir do momento que passou a director desportivo e até na selecção, onde Cristiano Ronaldo é visto como aquele que nos vai dar as vitórias e levar Portugal aos ombros. Depois lembro-me de outros factos na história, lembro-me da selecção grega que se sagrou campeã da Europa em Lisboa sem vedetas, da Irlanda, que conseguiu um milagre económico histórico a partir da década de 70 sem heróis indiv

Felicidade em Portugal

Momento de humor enviado pela amiga Sofia: Diz o Primeiro-Ministro para um dos seus IMENSOS Secretários: - Vou atirar esta nota de 100 Euros pela janela e fazer um português feliz. - Sr.Engenheiro , não acha preferível atirar 2 de 50 e fazer 2 portugueses felizes? - diz o Secretário. - Não faça isso, Sr. Primeiro-Ministro. Atire 20 notas de 5 e faça 20 portugueses felizes! - diz o Escriturário lá no seu canto. Ouvindo isto tudo, reage a senhora de limpeza: Porque é que o senhor Primeiro-Ministro não se atira da janela e faz dez milhões de portugueses felizes?

Um Narciso académico

Nada adivinhava o final do dia de ontem. Era apenas mais um dia de aulas como os outros, complementada com uma apresentação de grupo, a primeira deste último lote de trabalhos. Com o passar dos meses comecei a simpatizar mais com uns colegas do que com outros e é sempre com alguma curiosidade que aguardo as apresentações deles, especialmente porque tenho aprendido umas coisas durante essas sessões. Infelizmente, desta vez fiquei desiludido com o resultado. Sempre achei que o diálogo e a crítica são uma forma de melhorar e nesse sentido nunca deixei de me prenunciar, da mesma forma como gosto de ter feedback do meu trabalho. Só desta maneira consigo identificar áreas de melhoria e crescer na qualidade do que faço e apresento. Nesse sentido critiquei e, desta vez, a resposta à crítica foi agressiva e arrogante. Num ambiente saudável de mestrado, onde o nível dos alunos e das aulas deveria ser elevado, assisti a uma total falta de capacidade de síntese, planeamento e objectividade, que re

A malta é jovem e tal...

Na passada 2ª feira o presidente de todos os portugueses recebeu cerca de trinta dirigentes das "Jotas" dos diversos partidos, numa tentativa de dar um novo fôlego ao interesse dos jovens pela política. Curiosamente, o mais jovem deputado da assembleia da republica, eleito pelo Bloco, não foi convocoda. Deve ser mais importante ouvir os aprendizes de políticos, que treinam nas joventudes partidárias as práticas que os levarão a ser políticos profissionais, daqueles que se vendem aos lobbies e que pouco trazem de produtivo ao país. Mas se o Anibal tivesse perguntado ao Mestre, eu até lhe dizia porque é que os jovens se divorciam da política. Este sentimento tem vindo a aumentar porque os políticos maribam-se para os jovens. Os jovens não trazem votos, afinal só a partir dos 18 anos é que interessam. Por isso os políticos gastam mais tempo nos mercados e nas feiras a falar com os reformados, a piscar o olho quando atiram umas migalhas à cata de mais um voto. Os jovens sempre

Ser ou não ser... benfiquista

Depois de (mais) uma época miserável, coroada com um 4º lugar no campeonato, a nação benfiquista assiste apreensiva ao que será a primeira época liderada pelo novo director desportiva, até ontem jogador, Rui Costa. No seguimento das piruetas acrobáticas que Luís Filipe Vieira teve durante os últimos tempos, que tiveram um ponto alto no despedimento de Fernando Santos e a contratação do quase reformado Camacho na primeira jornada, é com alguma receio que vejo o Rui, um grande benfiquista e pessoa de elevado carácter moral, atirado às feras por causa do digníssimo presidente. A primeira prova de fogo é a escolha do próximo treinador. Eriksson foi o nome avançado, apesar de custar uma fortuna, mas a receita cheira-me a deja-vu. Afinal Camacho teve um processo semelhante, era um nome que calava os sócios mas veio receber uma pequena fortuna pelo mísero trabalho que por cá desenvolveu. Do sueco espera-se mais, afinal foi campeão em diferentes fases e levou o Benfica a cenários de glória mas

Pelas terras baixas

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Esta incursão à Escócia, a primeira, ficou-se apenas pelas terras baixas e pela capital, Edinburgo. A cidade surpreendeu-me pela positiva, apesar das expectivas irem um pouco elevadas depois de algumas conversas com amigos que já lá tinha ido. O centro histórico é muito concentrado, mas bastante rico, e é muito fácil atingir os pontos mais importantes da cidade a pé. A escolha do hotel foi excelente, afinal era como dormir na estação do rossio e ter o centro da cidade na baixa, e palmilhámos kilómetros naquelas ruas estreitas, na vielas da Old Town, nos caminhos do Holyrod Park ou nas avenidas de New Town. Foi uma estadia agradável, os escoceses reveleram-se um povo muito hospitaleiro, a cerveja local é excelente - Caledonia 80 foi de facto uma surpresa, a comida é interessante e, culturalmente, a oferta é muito alargada. Fica uma fotografia do castelo à noite, de facto o marco principal da cidade.

Sons no tempo

Recentemente vi o anuncio do novo Ford Mondeo e reconheci imediatamente a musica que dá som ao spot. "Hush", um original de John South que em 1968 conheceu as luzes da ribalta num cover brilhante dos Deep Purpl, naquele que foi o primeiro grande hit da banda de John Lord, Ian Paice e Ritchie Blackmore (Roger Glover e Ian Gillan ainda não estavam neste alinhamento) mas ficam duas versões para descobrirem as diferenças. A original: Uma mais recente, que já vi ao vivo duas vezes, com o alinhamento tradicional dos Purple e Steve Morse na guitarra no lugar de Blackmore.

Literatura de férias

Nestas feriam tive também alguns momentos mais calmos, que convidaram à leitura. Entre viagens, transfers e momentos de descanso li dois livros de bolso, bastante diferentes entre si mas que merecem o destaque. “The Reluctant Fundamentalist”, de Mohsin Hamid, mostra uma visão original de um paquistanês que reside nos Estados Unidos aquando dos atentados de 11 de Setembro. Numa prosa focada em plena conversa a dois, entre a personagem principal e um ouvinte (que convida a que seja o leitor), é uma livro agradável, de fácil leitura e que dá uma outra visão deste acontecimento. “The Shakespeare Secret”, de J.L. Carrell, é bem diferente. Um thriller ao nível do “O Código Da Vinci”, o tema central é uma peça de Shakespeare que não chegou aos dias de hoje. O enredo é envolvente e aditivo, complexo mas bem construído, com uma base história coerente e onde fiquei a aprender mais sobre a obra do poeta. Para que gosta do estilo fica a ideia, confesso que não sei se já há uma versão traduzida em

Jornada britânica

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Como tudo o que é bom acaba depressa, voltei ao burgo cansado, a pedir calor mas muito mais rico com o aprendi nesta jornada. Londres estava ao seu melhor, cosmopolita mas étnica, cheia de turistas mas com muitos londrinos quando caminhávamos longe dos monumentos tradicionais. A eterna Babel transpira cultura, a excelente política de visitas sem custo a museus e galerias proporciona horas de prazer enquanto admiramos um quadro de Van Gogh, uma escultura do Partenon ou uma tela do Miró. Foram cinco dias onde caminhámos horas, admirando as ruas, os detalhes, onde provámos sabores diferentes em cenários de recordar. A estadia em South Kensigton fazia lembrar um filme, com as dezenas de casas georgianas alinhadas em ruas perfeitas. Alias, o custo proibitivo da habitação em Londres faz olhar com alguma inveja para estes imóveis, com preços para um T2 a começar nos 2 milhões de euros, um privilégio para poucos. A imagem de hoje é da Tower Bridge, um exlibris londrino que encanta sempre quem