A Ultima Jornada

Diz-se que Junot ficou "a ver navios" do alto do miradouro de Santa Catarina,quando chegou a Lisboa e vislumbrou as velas da frota portuguesa a sair da barra do Tejo. Estava segura a monarquia portuguesa e garantida a resistência apoiada no império colonial. Celebram-se este ano 200 anos da fuga da familia real para o Brasil, fuga essa planeada para evitar que Portugal fosse um estado fantoche nas mãos de Napoleão. Um período conturbado da nossa história, que durou entre 1801 e 1811, em que a guerra assolou território nacional e que culminou em dois períodos onde as águias imperiais dominaram vastas parcelas do território português. Fiel à velha aliança com Inglaterra, ameaçado por uma Espanha conivente a espaços com Napoleão, Portugal desafiou o bloqueio continental com que a França tentava impedir o comércio inglês com os estados europeus. Um pequeno exército liderado por Artur Wellesley, futuro Duque de Wellington, veio para Portugal com a missão de ajudar a expulsar os fr

Nunca estive ligado à arquitectura mas sei apreciar alguns marcos do século 20 e Niemeyer inclui-se nesse lote. Já nem penso em Brasilia, cidade onde nunca estive mas de onde já vi muitas imagens, mas este arquitecto deixou o seu legado pelo mundo. Até na Madeira temos um legado dele, o casino do Funchal. Com grande espanto li hoje que Niemeyer celebra em 2007 o seu centenário. Este grande homem ainda está vivo e continua a opinar no processo criativo de arquitectos no Brasil. O meu tributo a um ícono da arquitectura moderna, um dos maiores embaixadores do Brasil e, para muitos, o melhor arquitecto de sempre. As imagens são do museu Niemeyer em Niteroi, também conhecido com o OVNI, e da catedral do Rio de Janeiro, locais qu tive o prazer de admirar, in loco.

Desde há muitos anos que coleciono videos publicitários, que actualmente mais de 3 Gb de informação. Recentemente recebi um que primou pela originalidade e que gostaria de partilhar. Acabei entretanto por rever alguns videos e não resisti a partilhar este, um dos melhores momentos da publicidade. O produto é um clássico e a realização foi brilhante, já que foi premiado como um dos anuncios do ano em 2006.

Hoje revi um velho clássico "Shichinin no samurai" ou "Os sete samurais", na versão portuguesa, um ícone do cinema. Considerado o 11º melhor filme de sempre no http://www.imdb.com/ , esta obra conta a história de 7 samurais sem amo, também conhecidos por Ronin , que vão defender uma aldeia de pobres agricultores de um bando de salteadores. A história também foi adaptada para o western com o título "Os sete magníficos", com Yul Breyner e Steve McQueen, entre outros. Sempre adorei a obra de Kurosawa e as suas adaptações de obras de Shakespeare. Fiquei vicíado com "Ran - Os senhores da guerra", uma versão japonesa de Rei Lear e "Kagemusha", com as suas batalhas épicas de samurais com milhares de figurantes. Mais tarde investi num set de DVDs com o "Trono de sangue" - versão de Kurosawa para MacBeth, "Cão Danado", um policial dos anos 50 e este "Shichinin no samurai". Para os cinéfilos que adoram velhas obras

Com o inverno à porta e o frio a apertar, deixo-vos um local de sonho, daqueles onde apetece estar nos dias de férias a gozar o sol e o bom tempo. A praia do Amado, perto da Carrapateira, é um dos ultimos paraísos da costa vicentina. Que perdure por muitos e muitos anos.

À medida que os dias passam e a areia escoa lentamente, sinto-me a viver os ultimos dias de uma realidade profissional desgastante e bem sofrida. Com calma e apoio das pessoas mais próxima consegui conviver com a hipocrisia e o cinísmo, o nariz empinado e a falta de humildade. Resta deixar que os ultimos grãos assentem para virar a ampulheta e recomeçar outro ciclo, com a esperança que este seja melhor que o anterior. Os amigos do costume estarão por cá a dar a "forçinha" do costume e por outro, já não mudava nada desde Setembro do ano passado. Volta a baralhar...

Como toda a minha geração fui marcado pela musica dos Nirvana mas sigo atentamente a carreira dos Foo Fighter e de David Grohl, especialmente depois do grande concerto no Rock in Rio 2004. O ultimo albúm tem esta grande malha, bem ritmada ao estilo de outros hits. "What if I say I'm not like the others? What if I say I'm not just another one of your plays? You're the pretender What if I say that I'll never surrender?"

Normalmente o meu amigo Pratas faz umas incursões pelos néctares do Baco e num dos ultimos posts ficou o desafio do Dias de dar a conhecer algumas das minhas escolhas no que diz respeito a vinhos. Preferencialmente escolho tintos, a presença de brancos à mesa é rara mas quando surge normalmente é um Alvarinho ou BSE . Existem poucos rótulos de Alvarinho mas são normalmente bons vinhos para marisco e peixe. O sabor frutado do segundo torna-o um vinho próprio de verão e noites de esplanada. Nos tintos a escolha é variada e assenta essencialmente numa relação preço / qualidade. Faz-se muito bom vinho em Portugal mas podem-se valores pornográficos por uma garrafa de determinado rótulo. É o marketing a funcionar e o sucesso internacional das nossas marcas depende disso, mas para consumo interno e regular torna-se caro. No entanto, emdeterminadas ocasiões, merecemos algo de diferente para melhor. Nestas alturas as escolhas recaem nos alentejanos Tapada do Chaves , Mouchão ou Quinta do Car

Num cenário em que faz sol em Novembro e a chuva teima em não cair, a incúria dos homens perdura no tempo. Vejo o ouro negro a atingir máximos históricos e relembrei-me de uma obra de ficção que li há mais de 15 anos: "A brigado do apocalipse", de Alfred Coppel. Neste livro de 1981, escrito na ressaca da queda do Xá no Irão e a tomada de poder pelos Ayatollahs, o autor aborda um cenário onde a Arábia Saudita sofre o meu tipo de alteraçao política, colocando o mundo à mercê de um novo choque petrolífero. Na altura a alternativa mais viável é o combustível sintético, muito mais caro e economicamente pouco viável, sendo que um filantropo internacional planeia inundar de radiação o médio oriente para que o ocidente aprenda a viver sem o petróleo árabe. Ficção à parte, onde o menosprezo pela vida humana e a forma como a politica internacional dos americanos é evidente, lembrei-me deste livro porque me ficou uma ideia que ultimamente me tem voltado à cabeça. O custo das energias al

Nestes meus dias de férias deparei-me com uma imagem pouco familiar, mas que me deixou muito surpreendido. A vinha tocada pelo sol assume cores bem diferentes daquilo a que estamos habituados a ver. O amarelo e o castanho das folhas secas são substituídos, em algumas castas, por um vermelho vivo que enche a planície alentejana. Conheci as vinhas de dois tintos que aprecio bastante: Encostas de Estremoz e Tapada do Chaves e desafio os apreciadores a provarem estes nectares.

Nas ultimas semanas celebraram-se os 90 anos da revolução bolchevique, aquela que levou à criação da URSS e que serviu de baluarte ao comunismo internacional. O que começou por ser um movimento para derrubar uma monarquia cada vez menos preocupada com o povo, terminou numa guerra cívil e deixou no poder um dos maiores tiranos conhecidos pelo mundo, o "Tio Josef". Durante décadas vivemos num clima de guerra fria, numa bipolaridade entre as democracias ocidentais e o estado centralizado defendido pela linha dura do partido. Sofremos na pele em Portugal esta "teoria" que era contra a propriedade privada, apostando nas nacionalizações e na economia planificada, que retirava a livre-iniciativa aos seus cidadãos. Desde miudo que detestava esta hipocrisia, o país do povo para o povo onde a elite da classe política fazia compras nas lojas do partido, onde todos tinham carros iguais mas os do partido eram melhores do que os outros, onde se exilavam populações nos gulags da S

Passada quase uma semana eis que estou de volta a casa, depois de uns dias pelo Alentejo e outros por terras algarvias. O tempo ajudou e sinto que o S. Pedro me quis compensar da chuva que me acompanhou nas férias de Agosto. A luz estava fantástica e a qualidade das fotografias ficou ao nível do melhor que tenho tirado. Rumei para o Alto Alentejo, fazendo base na pousada de S. Miguel em Sousel. Vila pacata, rodeada de oliveiras, está estratégicamente colocada para uma incursão a Marvão e a Serra de S. Mamede, passado por localidades referência da nossa história como a For da Rosa, Crato, Avis ou Alter do Chão. Aproveitei para matar saudades da amiga Sofia, que não via há algum tempo e que se mantém assídua leitora do blog do Mestre, e tirar fotografias. Dezenas delas, das quais deixo este pôr-do-sol na planície de Fronteira. Se tiverem oportunidade visitem, é uma zona muito hospitaleira, com uma cozinha tradicional recheada de coisas boas e um sítio que convida ao dolce fare niente .

Hoje faço as malas e parto para uns dias de descanso, longe do trabalho e das preocupações. Para além da literatura de ócio levo também alguns textos cientifícos, porque isto de estudar implica usar todos os tempos livres. Prometo trazer imagens e experiências novas, numa altura em que fazer férias em Portugal não é muito usual. Felizmente o S.Pedro ajudou. Fica um video que descobri há dias e que merece destaque. A guitarra de John Petrucci e as teclas de Jordan Rudess dispensam elogios, as imagens foram retiradas do "Planeta Azul", da BBC. Liquid Tension Experiment foi um projecto instrumental que envolveu três musicos de Dream Theater e Tony Levin. Lançaram 2 albuns do melhor rock progressivo que conhecço

Alguma vez se esqueçeram do vosso iPod e vos apetecia ouvir "aquela" musica favorita? Se estão frente a um PC podem abrir http://www.seeqpod.com/ e procurar o que pretendem. Ao criarem uma conta podem inclusive procurar musicas em casa ou até fazerem os vossos uploads (a comunidade agradece) para terem acesso à vossa musica através de um browser, sem downloads nem instalações de software (que as empresas normalmente costumam não deixar fazer). Dêem uma vista de olhos e passem a mensagem, como em tudo na net é com a participação de todos que a oferta enrriquece.

Não votei neste governo e olho para alguns membros deste elenco e até me benzo mas gosto do avaliar, com alguma isenção, o trabalho de alguns ministros. Hoje ouvi uma notícia que a ministra da educação forçou um volte-façe no grupo parlamentar do PS e conseguiu a aprovação de uma portaria que vai reprovar os alunos que tenham faltado durante o ano lectivo e que não tenham realizado com aproveitamento o exama de "última oportunidade". Andava um pouco distante destas lides mas fiquei surpreendido com o que ouvi. Primeiro, uma minitra ir contra os deputados do seu partido. Fico feliz porque acredito que a medida é boma e vai acabar de uma vez por todas com as estatísticas fantásticas que apresentamos na União Europeia sobre o aproveitamente escolar da nossa juventude. Se sabem passam, se andam na balda reprovam. Era assim no meu tempo de secundário mas parece que a tradição já não é o que era. Segundo, porque ainda vamos dar ao aluno "baldas" a ultima oportunidade. Ass