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Showing posts from November, 2008

Tachos e outros trens de cozinha

Os últimos dias têm sido profícuos em acontecimentos culinários, especialmente no que diz respeito à manutenção dos tachos e afins. O Zé, aquele político inconformado que meteu uma providência cautelar contra o Túnel do Marquês – e cujo atraso custou milhões ao contribuinte português – vendeu-se ao actual executivo camarário. Finalmente a malta do Bloco percebeu que o Zé mudou foi de bloco, passou do grupo dos contestatários para os do sistema. Acredito que tenha custado mais que 30 dinheiros mas, provavelmente, a APL também comparticipou qualquer coisinha. Outro, de nome Loureiro, tenta mostrar que passou ao lado das fraudes em volta do banco que utilizava o Luís Figo na sua publicidade. Faz-me lembrar os julgamentos de Nuremberga, parecia em 1946 que não tinha existido o partido nacional-socialista e que o Adolfo não tinha sido levado em ombros pelo povo. Mais uma vez salvam-se as aparências, como ainda não foi constituído arguido não se vai considerar a demissão. E como ser arguido

Sabores do Eire

Celebram-se este ano os 400 anos da fundação da destilaria Bushmills, para muitos a primeira destilaria licenciada na história das ilhas britânicas. O meu primeiro encontro com este néctar, na versão mais corrente (White Label), aconteceu há mais de uma década, numa das incursões ao O'Gillins no Cais do Sodré. Apesar do Jameson ter mais "marca" e trabalhar mais a imagem, foi o culto em volta do Bushmills (também conhecido por Bush mas sem ter nada a ver com o George W.) nos livros do Jack Higgins que me levaram a pedi-lo pela primeira vez. Depois disso, e xom 3 visitas à Irlanda, delicie-me com o Black Bush (de 8 anos) e os maltes de 10 e 16 anos, mas é na destilaria que se vende, exclusivamente, o que considero o melhor malte que alguma vez bebi: o Bushmills 1608. Envelhecido em cascos de Sherry e de vinho Madeira, é um whiskey que delicia o mais exigente. Vale a pena provar.

Avaliação...ou talvez não

Após os últimos dias, onde assistimos a manifestações de estudantes a defenderem o seu estatuto, e professores a repetirem o encontro nas ruas de Lisboa, pensei nas cenas dos próximos episódios desta novela que se chama ensino em Portugal. A ministra entende que as regras são para se cumprir enquanto os professores teimam em não ser avaliados, tendo já conseguido um apoio tácito dos partidos da oposição. Se a moda pega, o nosso primeiro recusa-se a ser avaliado nas próximas legislativas e segue directamente para um segundo mandato, já que não reconhece autoridade a quem o avalia. Por outro lado, a nossa futura geração surpreendeu-me. Já se gritam palavras de ordem de megafone em punho, ao estilo de um Maio de 68 versão Tuga, numa intifada lusa que substituiu as pedras pelos ovos. Até nisto somos diferentes, reclamamos mas com estilo. Vejam lá se os palestinianos se lembraram de fazer uma intifada de Falafel ou de Kebab? Olhando para as reclamações da nossa juventudo, reparei que exigem

Parques da Croácia

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Na última viagem os parques naturais foram uma presença constante, com paragem obrigatória em três deles e uma breve passagem por outro. É curioso ver que um país tão pequeno tenham autênticos santuários de vida selvagem, com paisagens magnificas, visitados por milhares de pessoas mas que, mesmo assim, continuam a ser bem mantidos e não acusam o turismo ecológico que começa a ser massificado. Estivemos nos parques nacionais de Plitvice (património da Unesco), Krka e Risnjak e as horas passadas foram autênticos oásis de natureza, longe do ritmo das cidades e da costa croata. Plitvice, com os seus 14 lagos e dezenas de cascatas, foi o primeiro e aquele onde a jornada se alongou. As cores do outono e um dia magnífico possiblitaram fazer fotografia de grande qualidade e as horas passaram sem que se desse por isso, caminhando pelos carreiros junto às margens, por entre um tapete de folhas caídas ou em caminhos de madeira que serpenteavam sobre as águas e os juncais. Um promenor curioso, a e

Ainda os professores

Com o turbilhão na Educação, o recuou dos sindicatos e a arrogância da ministra, cada vez percebo menos esta situação. Um dos lados acusa o outro de instrumentalizar a informação, num estilo quase fascista onde a "censura" passa apenas a mensagem que os sindicatos é que se portaram mal e que os professores são vitimas da burocracia. Por outro lado, os professores queixam-se mas ainda não vi nenhum com coragem para mostrar as ditas fichas de avaliação. Serão assim tão dificeis de preencher ou estaremos nós a assistir a uma resistência ao paradigma existente, onde os que há anos avaliam os alunos se recusam a ser avaliados, apostando num modelo de carreira onde os anos de serviço estão sempre a contar e as promoções aparecem caídas do céu, mesmo que não sejam merecidas. Haja coragem (de ambos os lados) e mostrem o que exigem aos professores, talvez assim consigam esclarecer melhor a opinião pública.

Uma lição de vida

Recebi o link e não resisti a publicá-lo aqui, afinal todos nós temos as nossas experiências e revi-me em algumas coisas deste filme.

Ao vivo no coliseu

Esperava um grande concerto e Peter Murphy não me desiludiu. Nas quase duas horas de concerto, e acompanhado por um conjunto de musicos muito jovens, tive oportunidade de ouvir velhos hits como "Strange Kind of Love", "Cuts you up", "Deep ocean vast sea" ou "I'll fall with your knife", para além de uma musica do novo album que vai ser lançado brevemente. Mas para mim a supresa foi ouvir "Hurt", dos Nine Inch Nails, num cover fantástico que nada fica a dever ao original que aqui deixo. Um grande abraço ao Rui por se ter lembrado de me avisar e comprar os bilhetes, provavelmente tinha passado ao lado.

Encontro com o vinho

A curiosidade era grande, fruto de comentários de alguns amigos e de um passado recente onde o vinho passou a ser tema de conversa e a merecer mais atenção. O encontro, anual, reúne um conjunto alargado de produtores e possibilita provar quer as novidades quer alguns rótulos famosos. Apesar de ter chegado um pouco tarde, tive oportunidade de deliciar o palato com uma série de provas, do Douro ao Alentejo, passando pelo Minho, Ribatejo, Dão e Peninsula de Setúbal. Ao longo dos stands surgiram algumas surpresas, como a prova do azeite da Herdade do Esporão, onde se destacaram o Virgem e o Galega, ou os stands da carne alentejana. Para os mais alternativos, para além dos vinhos (verdes, maduros, tintos, brancos, rosés) ainda existia um local para provar os excelentes maltes da Escócia e outros que destacavam os sabores regionais dos queijos ou da Carne Alentejana, entre outros. Em paralelo a este Encontro realiza-se também o Encontro com os Sabores, onde estão presentes 10 restaurantes li