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Showing posts from February, 2016

Familia Moderna

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Um partido politico aqui do burgo decidiu que fazer campanha pela adoção por um casal do mesmo sexo era estilo menino Jesus, com dois pais, o "terreno" e o "espiritual". A confusão que vai na cabeça desta gente é que o Menino também tinha mãe, logo quiçá o pretexto era promover o políamor, ou talvez fosse uma ode às divorciadas poderem refazer a sua vida.  Resta perceber, depois da recente legislação sobre este tema e sobre a IVG, como enquadrar o presépio nesta família moderna. Ja pensei que os reis magos poderiam-se chamar António, Catarina e Jerónimo, o burro talvez fosse o Rodrigues, e a vaquinha pode ficar reservada à Heloisa, que também tem direito de figurar neste quadro governativo.  Para a oposição deixo outra quadra, afinal a Páscoa puxa a Coelho e a Assunção é menina para fazer jejum na 6ª feira santa. Quem diria que a Assembleia estava tão religiosa...

Sem ti, não sou nada

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Poucos músicos deixaram um legado tão forte como David Bowie, o camaleão cantou e encantou quer a solo quer em múltiplas presenças com as mais diversas bandas. Nesta faixa, juntou-se a sonoridade simples, mas muito intensa, dos Placebo, cujas letras são de uma complexidade imensa. Confesso que esta mistura marcou-me há uns anos, e é das faixas que adoro ouvir em momentos de maior reflexão, sempre deixei que as notas dos Placebo fizessem eco, no seu estilo monocórdico e distorcido, triste sina a de uma geração que vê partir com o tempo as suas maiores referencias musicas. É o sinal dos tempos parte II

Sinal dos tempos

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Este fim de semana tive uma experiência diferente, ver "O regresso do Jedi" em conjunto com o meu filho. Confesso que ver filmes antigos, e os respetivos efeitos especiais, mostram bem que os anos passam para todos, e neste caso específico são praticamente 3 décadas desde que o vi no Turim, com a ansiedade de um teenager que queira saber o que se iria passar com o Han Solo congelado, isto depois da minha premiere cinéfila da trilogia, que foi "O império contra-ataca".  Na altura, sem internet e sem trailers que circulam à velocidade de um clica, eram as crônicas no Sete que nos preparavam para o tão ansiado filme. Ao terminar de ver a série do Star Wars com a companhia do herdeiro, culminar com este filme foi curioso, destacando o grande laço que a relacao pai-filho tem no final, ver como Anakin Skywalker decide no final em enfrentar quem tudo lhe prometeu para salvar a vida do seu filho. Ver hoje os filmes seguidos e a forma como certos personagens evoluí

O escritor filósolo

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Morreu Umberto Eco, autor de alguns livros bem interessantes, onde o romance se misturava com o rigor histórico, dado lugar a uma profunda reflexão de alguns temas bem contemporâneos, mesmo quando os seus livros retratavam a idade média. Há uns anos, escrevi por aqui sobre os filmes da minha vida e nesse lote constava "O nome da rosa". Foi por causa do filme que o comecei a ler, e felizmente guardo aqui em casa algumas obras que o junior, na idade certa, irá ter o prazer de explorar. 

Associativismos e afins

Hoje na TSF ouvi um senhor, presidente da associação dos inspetores da ASAE, indicar que os numeros de um relatório são manipulados. Entre tantos opinadores associativos, é com bastante perplexidade que ouço um rol de gente dar bitaites sobre temas que ao comum cidadão chegam de forma muito enviesada.   É a associação dos professores de português, as confederações de pais e encarregados de educação, as dezenas de associações de forças de segurança, as de utentes das auto-estradas, a dos reformados, um menancial de organizações que serve para dar protagonismo e direito à palavra a um conjunto de pessoas, muito mais preocupadas em botar discurso que em trabalhar na raiz dos problemas e apresentar soluções.   De repente, lembrei-me no que seria uma discussão entre as associações dos jogadores de bisca e da sueca, sobre a virtude no numero de cartas com que se enfrenta cada jogo, ou as associações de praticantes do bullying vs a APAV, ou quiça a associação do sexo oral a debater a

Feeling Good

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Há musicas que têm o condão de nos deixar bem dispostos, seja ao raiar da manhã ou ao final do dia. Nos dias mais down, nada melhor que ouvir a grande Nina e deixar as boas vibrações entrarem pelos ouvidos.

Americanisses

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Hoje celebra-se o dia dos namorados, o S. Valentim, uma das mais recentes importações das terras do tio Sam, depois do Halloween. Numa febre de consumismo que se vive do outro lado do atlântico, no tuigistão a malta gosta é de dar miminhos e vestir os putos de monstrinhos, para ver quem é o mais produzido da turma. Eu só gostava que nessa onda o pessoal começasse a festejar o dia do S. Patricio, entre a sonoridade que me deixou muitas saudades e umas pints, a festa seria mais bem engraçada.

Os super-homens também morrem

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Em principios de Novembro lembrei-me de mostrar ao meu filho alguns videos no youtube de atletas de eleição, os super-homens da minha juventude que no desperto, individual ou colectivo, deixaram uma marca que a história nunca apagará. Triste coincidência, nem duas semanas depois, leio a noticia que Jonah Lomu, o maior jogador de rugby que alguma vez vi jogar, tinha falecido. Tinha 40 anos, era mais novo que eu, deixou duas crianças e um palmarés fantástico, que uma doença renal forçou a um abandono precoce. Poucos conseguirão a performance física de Lomu, um atleta com cerca de 120kg que era capaz de correr os 100 metros em 11 segundos, e ainda hoje penso no mérito dos sul-africanos em 1995, ano em que se sagraram campeões do mundo,  que num esforço colectivo enorme conseguiram parar Lomu e os All Blacks. Confesso que não deixo de me emocionar quando o revejo, nos diversos videos disponíveis, a sua rapidez e classe, levando à frente adversários, resistindo a placagem atrás de placa

The Dream is alive

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Já no passado escrevi sobre eles, é uma das minhas bandas favoritas e ainda hoje ouço com nostalgia as musicas com Portnoy na bateria, mas admito que a sonoridade se mantém muito boa com o atual alinhamento. Foi o primeiro concerto do Gui, ainda na barriga da mãe, a ouvir "os tipos que tocam tão bem que até me nojo", como me disse uma grande amiga de gosto musical semelhante. Hoje ouço muitas das faixas deles em treino, são de duração mais longa e boa para uns km na passadeira. Fica "Breaking all Illusions", do album de 2011 "A dramatic turn of events". Parece tão facil...

Fomos soldados

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É dos filmes que mais vezes revi, pelo exemplo de liderança de Hal Moore e pelo bom papel de Mel Gibson, numa historia sobre o 7º cavalaria e uma operação muito complicada em plena guerra do Vietname. Desde o treino nos Estados Unidos à coragem debaixo de fogo, este filme mostra bem como um líder deve agir perante os seus, como gerir erros sobre pressão ou antecipar as ações do adversário. Fica uma das minhas cenas favoritas.

Vikings - temporada 4

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E está quase a começar...

O silencio

Diz a sabedoria popular que o silêncio é de ouro, já Winston Churchill defendia que o silêncio torna o fraco forte. A realidade é que em diversos momentos das nossa vidas, a ausência de resposta é a melhor decisão. Um exemplo interessante de uma ordem iniciática, sobre a qual se especula muita, é a inibição de falar aos membros mais recentes, com a pressuposto que a aprendizagem se faz melhor em silêncio. Dessa forma, tem-se atenção aos detalhes, reflete-se sobre o quente ouve, interioriza-se o conhecimento, até à altura em que a palavra é dada. Seja pela timidez, seja pela vergonha ou mesmo pela ansiedade, o silêncio com que nos podem brindar obriga-nos a diversas leituras e interpretações, sendo que no final a intenção é sempre diferente da que se imagina.  Numa altura em que muito se fala e pouco se diz, em que se vê muito mas lê pouco, guardar uns momentos de silêncio para refletir, digerir o que nos rodeia e depois opinar da melhor forma é um exercício não só recomendável

O click

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Seja à chuva ou ao sol, ao fim da tarde ou pela manhã, fotografar é das coisas que mais me relaxa e liberta. Seja numa captura expontânea ou numa composição mais trabalhada, a busca constante pelo "boneco" faz-me andar com todos os sentidos alerta, ao estilo de um caçador em busca da sua presa. Entrado em 2016, já começo a pensar em alguns destinos onde quero ir, locais a revistar e como encaixar isto no calendário, sendo que na generalidade dos tempos livres os kilos às costas são uma constante.  Desde que me dediquei à fotografia mais a sério, trocando os disparos da tinta pela velocidade do obturador, aprendi que há pequenas coisas que nos sabem muito bem. E que depois de um belo registo, nada melhor que o imprimir para o ver ao vivo, toca-lo e admiro-lo, numa lógica quase narcisista. Ou oferecer aos amigos, que estão sempre presentes e são uma boa fonte de crítica. Este click teve direito a uma impressão de dois metros, e está exposto numa sala de reuniões no

Segunda feira

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IHoje é aquele dia em que todos acordamos sem grande vontade, final do fim de semana, é altura de arribar e ir trabalhar. Ao contrário da tradução do latim que foi usada em Portugal - segundo dia da semana, depois de domingo -  , cultos pagãos chamavam este dia o de adoração da lua, como a quinta era o dia de Thor e a sexta o dia de Freya,  para os saxões e vikings. Surgiu assim o monday, thursday ou friday por terras anglo-saxónicas. Nos países de forte influencia romana hoje é lunes em Espanha, lundi em França ou lunedi em Itália, enquanto a sexta é viernes ou vendredi em honra da deusa Venus. Como positivo, a segunda é aquele dia que se discute a jornada futebolistica do fim de semana, os casos e polémicas, quem está na mó de cima goza com quem está abaixo, esquecendo-se por vezes que na próxima semana as posições podem-se inverter. Eu gosto de ver a segunda feira como o dia do rpm, com uma aula intensa para começar bem a semana, ou o dia de partida para mais uma semana, num cor