Ontem foi um dia diferente, daqueles dias que a memória não esquece e que encaro sempre com um nervoso miudinho. A meio da manhã tinha o meu exame "rotineiro", a bela da ressonância magnética que explora as entranhas da minha pessoa em busca de algo anormal, que não deva lá estar. O ritual repete-se todos os semestres, nos ultímos quatro anos e, apesar de consecutivamente os sinais serem positivos, o apertar na barriga está sempre lá. E fica pior quando a rotina do exame se prolonga por alguma razão, fruto de um esclarecimento adicional que o radiologista quer ter ou duma imagem com pior qualidade. Nessas alturas, em que estou completamente rodeado pela máquina, a sensação de impotência aliada com a claustrofobia faz com que se pense em tudo o que passei em 2003 e se vou ter que repetir a dose. Finalmente de pé, vem o sorriso do médico (companheiro destas jornadas e, por mero acaso, marido da minha médica de familia) e o resultado praticamente na hora - "está tudo na mes...
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