Sinal dos tempos


Este fim de semana tive uma experiência diferente, ver "O regresso do Jedi" em conjunto com o meu filho. Confesso que ver filmes antigos, e os respetivos efeitos especiais, mostram bem que os anos passam para todos, e neste caso específico são praticamente 3 décadas desde que o vi no Turim, com a ansiedade de um teenager que queira saber o que se iria passar com o Han Solo congelado, isto depois da minha premiere cinéfila da trilogia, que foi "O império contra-ataca". Na altura, sem internet e sem trailers que circulam à velocidade de um clica, eram as crônicas no Sete que nos preparavam para o tão ansiado filme.


Ao terminar de ver a série do Star Wars com a companhia do herdeiro, culminar com este filme foi curioso, destacando o grande laço que a relacao pai-filho tem no final, ver como Anakin Skywalker decide no final em enfrentar quem tudo lhe prometeu para salvar a vida do seu filho. Ver hoje os filmes seguidos e a forma como certos personagens evoluíram, mostram a relação de certos temas no nosso dia a dia. Anakin rende-se ao lado negro para impedir a morte de Padmé no terceiro episódio, e nessa decisão perde a família e todos os que amava. No entanto, é o amor pelo seu filho que o faz renegar o lado negro e morrer em paz.

A morte de Yoda no Regresso de Jedi é outro ponto marcante. Quem percorre 900 anos de vida tem muitas jornadas a descrever e resigna-se, a vida e a morte são uma constante e não há forma de fugir, e mesmo com o seu poder com a força, Yoda assume que a morte é uma transição, a passagem para a total comunhão com a força. 

Este lado mais "espiritual" escapou-me ao longo destes anos, mas seja fruto da idade ou da companhia nesta mais recente maratona, de facto Star Wars foi um marco do cinema, qualquer se seja a altura em que se vejam os filmes. Agora venha o episódio VII.




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