A malta é jovem e tal...
Na passada 2ª feira o presidente de todos os portugueses recebeu cerca de trinta dirigentes das "Jotas" dos diversos partidos, numa tentativa de dar um novo fôlego ao interesse dos jovens pela política. Curiosamente, o mais jovem deputado da assembleia da republica, eleito pelo Bloco, não foi convocoda.
Deve ser mais importante ouvir os aprendizes de políticos, que treinam nas joventudes partidárias as práticas que os levarão a ser políticos profissionais, daqueles que se vendem aos lobbies e que pouco trazem de produtivo ao país.
Mas se o Anibal tivesse perguntado ao Mestre, eu até lhe dizia porque é que os jovens se divorciam da política. Este sentimento tem vindo a aumentar porque os políticos maribam-se para os jovens. Os jovens não trazem votos, afinal só a partir dos 18 anos é que interessam. Por isso os políticos gastam mais tempo nos mercados e nas feiras a falar com os reformados, a piscar o olho quando atiram umas migalhas à cata de mais um voto.
Os jovens sempre foram irreverentes, adoram questionar e quando lhes dizem que sim porque sim, dá-se o fenómeno da indiferença. Se juntarmos a isso uma política de educação ridícula durante as ultimas duas décadas, uma classe dos professores mais preocupada em defender quintais do que em formar cidadãos e um desajustar da formação universitária às necessidades de mercado passámos de uma "geração rasca" para uma "geração à rasca".
Depois admirem-se que os jovens não votem ou não participem. Se não acreditam, para que intrevir. Infelizmente, é este o estado da política em Portugal.
Comments
Pelo que falo com os miudos, ser Politico é hoje visto como mais uma hipotese de emprego, uma hipotese que carece de menos habilitações que outras e onde lamber-rabos é uma das cadeiras principais.
Ha quem o aceite, ainda antes de ser maior, o que denota que estamos na presença de uma geração (a proxima) "do desenrasca" :)
Abraço