A ilha esmeralda
Ontem assistimos a um facto histórico que me encheu de alegria. Finalmente, católicos e protestantes colocaram de lado as querelas antigas e decidiram unir esforços na constituição de um governo para a Irlanda do Norte, no que aparenta ser o primeiro passo de uma possível reunificação. O apadrinhamento desta ocasião pelos líderes de Londres e Dublin mostra que todos os intrevenientes estão alinhados, e que nos próximos anos a ilha volte a ser um único país de novo. "One island, one flag, one country."
Ao ver a notícia lembrei-me de uma conversa num pub em Temple Bar, em 2000, onde um pacato cidadão da Républica me dizia: "Um dia, os tipos do norte ainda vão pedir para serem reunificados." O facto é que a economia da Irlanda está muito forte, cresceu a um ritmo alucinante nos ultimos 20 anos, enquanto o Ulster foi "abandonado" pelo governo inglês, recebendo menos apoios estatais, com uma economia industrial decadente e taxas de desemprego de 2 dígitos. Enquanto na década de 60 se vivia melhor a norte, hoje é fora do Ulster que há qualidade de vida.
Depois de séculos de invasões, opressões e divisões, a ilha esmeralda merece o mesmo tom de verde em todo o território.
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