T.E. Lawrence e os desertos deste mundo

A semana passada fui à feira do livro e precorri as páginas de um romance, ao jeito de biografia, deste inglês que ficou conhecido na história como "Lawrance da Arábia".

Enviado pelos ingleses para unir os povos árabes contra o domínio turco, este oficial viveu intensamente a luta dos autoctones, conquistando a sua admiração pela forma como se integrou na cultura árabe. Resignou à sua comissão no final da guerra quando viu traídos os ideais de liberdade que defendia para os seus amigos árabes, em troca de um dilimitar de fronteiras que retalhou o Médio Oriente e onde, ainda hoje, se paga essa asneira.

Nestes dias, o deserto voltou a ser centro de atenções, devido à expressão pouco feliz de um ministro de Portugal. Desta vez a areia transbordou da cabeça de alguém vazio de argumentos, como se do deserto de ideias de Mário Lino surgisse um O(t)àsis. Pena que, à medida que nos aproximamos deste "paraíso", o mesmo se esbata timidamente, como uma miragem sob um sol escaldante.

Comments

AC said…
Vou à Feira do Livro no f-d-s mas como regularmente faço a triologia: Vitamina BD, Verbo, Asa, não estou à espera de novidades. Uma boa novidade era que a Meriberica fechasse as portas e abrisse mão dos direitos que comprou...
AC said…
Mestre, ainda mais interessante que o amigo das Arabias é tudo o que tenha a mão do Sir Richard Francis Burton... quando me falam em desbravar, eu penso sempre neste Homem que não desbravou, descobriu.

Abraço
AC said…
Da margem Sul...
a arrongancia das maiorias dadas ao refugo dos quadros superiores que já de si não primam pela competencia...
dá nisto...

Abraço
sem naufragar said…
Este fds lembrei-me desta "história". Estava eu nos claustros da Univ. de Évora quando me deparo com painés com camelos. Sim! Vou colocar no blog, porque no contexto actual, camelos em terras alentejanas é um tema da actualidade. Ninguém diria...

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