Prazeres da vida

Normalmente o meu amigo Pratas faz umas incursões pelos néctares do Baco e num dos ultimos posts ficou o desafio do Dias de dar a conhecer algumas das minhas escolhas no que diz respeito a vinhos.

Preferencialmente escolho tintos, a presença de brancos à mesa é rara mas quando surge normalmente é um Alvarinho ou BSE. Existem poucos rótulos de Alvarinho mas são normalmente bons vinhos para marisco e peixe. O sabor frutado do segundo torna-o um vinho próprio de verão e noites de esplanada.

Nos tintos a escolha é variada e assenta essencialmente numa relação preço / qualidade. Faz-se muito bom vinho em Portugal mas podem-se valores pornográficos por uma garrafa de determinado rótulo. É o marketing a funcionar e o sucesso internacional das nossas marcas depende disso, mas para consumo interno e regular torna-se caro. No entanto, emdeterminadas ocasiões, merecemos algo de diferente para melhor.

Nestas alturas as escolhas recaem nos alentejanos Tapada do Chaves, Mouchão ou Quinta do Carmo. Costumo dar preferência a castas nacionais, de palatos mais distintos e que tornam de facto o nosso vinho diferente, apesar do Mouchão assentar numa dualidade Trincadeira / Alicante-Bouschet verdadeiramente única e do Quinta do Carmos tem uma percentagem de Cabernet e Syrah.

Nos vinhos correntes a escolha é mais diversificada e passa pelos D. Ermelinda e Romeira - a casta Castelão e o sabor bem frutado - os alentejanos Terras de Extremoz, Pias e Terras d'Ervideira, com as castas tradicionais da região - Trincadeira, Aragonês e Castelão - a marcarem forte presença. Por vezes vario com sabores do Douro e Dão, nomeadamente a Quinta do Cabriz, Casa de Santar e Frei João.

Nestes casos as Reservas garantem melhor qualidade, por vezes com um aumento reduzido no preço (2-3€). Relativamente aos anos 2003 e 2004 foram muito bons, apesar de variarem de região por região. Ocasionalmente provo alguns rotúlos novos, mas nestes casos são as regiões que me levam a fazer a experiência. Estremoz, Reguengos, Pias, Pegões, S. J. Pesqueira ou Pinhão reunem as minhas preferências.

Como sempre, é uma opinião pessoal. Fica o desafio de provarem e dizerem de vossas justiça. Outras alternativas serão sempre bem vindas, já que o mundo do vinho não tem fim.

Comments

AC said…
Terra chama Mestre...
Terra chama Mestre...
...
Luis Prata said…
E boas escolhas tens aqui. Gosto de todos os que referenciaste.

Como excelentes alternativas tenta estes um dia (boas surpresas que descobri este ano):

Branco: Adega Pegões Colheita Seleccionada
Tinto: Periquita Reserva

Fáceis de encontrar e muito "gulosos" :)

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