CImeiras e afins
Com a arrumar do palco e a debandada dos "artistas" é altura de falar da cimeira que baralhou a vida dos lisboetas nos ultimos dias. Tivemos de tudo, desde a tenda das arábias onde a bandeira líbia desfraldada no forte de S. Julião se via a 500 metros, hoteis lotados pelas comitivas africanas e muita ostentação. Não era vivo na altura mas acredito que a embaixada de D. Manuel ao Papa Leão X, que até tinha elefantes, tenha tido o mesmo fausto e impacto a quem a presenciou.
É uma vergonha ver a classe dirigente de alguns dos países mais pobres do mundo a pessearem-se por uma Europa ávida de matérias primas e petróleo e desejosa de estancar a imigração ilegal proveniente do continente africano. Felizmente há exemplos de democracia em África, muito poucos ainda, para mostrar que a evolução é possível e que no futuro se poderá viver bem em África, mas para isso é necessário passar das intenções às acções.
Garantir riqueza nos países africanos, possibilitar a exportação de produtos segundo as leis do mercado, acabando com a PAC dos ricos que retira qualquer competitividade aos bens não europeus. Será que é desta que ensinamos a pescar em vez de voltar a enviar mais uma canastra?
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