Porreiro, pá
Quando muito se fala de natalidade e de apoios do estado a quem é, ou vai ser, mãe, dou por mim a pensar que mais uma vez se dão peixes em vez de ensinar a pescar.
Sempre fui contra a política dos subsídios. Geram ineficácia e apenas servem para mascarar a consciência do poder político e, na realidade, pouco mudam a vida das pessoas. Dei por mim a pensar no que deveria ser uma política de natalidade a sério, daquelas tipo países nórdicos e surgiu-me uma ideia.
E se o nosso primeiro abrisse creches sem custo para os pais, onde todos pudessem deixar as criancinhas quando vão trabalhar, onde o ensino pré-escolar fosse dado gratuitamente a toda a população? De certeza que uma medida destas valia mais do que 50€ por mês que cada agregado familiar recebe por criança, já que hoje proliferam os infantários pagos a peso de ouro. Se calhar a medida não interessa, dado que pode afectar os negócios da malta amiga mas tenho a certeza que ficaria mais barato para os pais e seria um investimento nas gerações futuras.
Mas é melhor dar milho aos pardais e contentar alguns com uns vales postais, incluir as grávidas no processo e achar a medida fantástica. Face a isto, só me apetece citar um tipo bem vivido nisto da política: "Porreiro, pá".
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