Ventos de mudança

"This is not the end. It is not even the begining of the end. But it is, perhaps, the end of the begining."

As palavras de Churchill ressoavam na minha cabeça enquanto a minha mão assinava aquele contrato. Não havia hipótese de voltar atrás e um turbilhão de emoções encheram-me o peito, as memórias dos últimos anos, das conquistas, das desilusões, dos amigos que já partiram e daqueles a quem irei dizer adeus.

Com calma e muito sangue frio levantei a cabeça e assumi-o: basta de ser enganado, criticado quando se dá tudo e, olhando em redor, vejo quem se paute pela mediocridade e não tenha por isso o dedo a apontar. Chega de ser o bonzinho, o colega bonacheirão que, contra ventos e tempestades, arregaçava as mangas e remava até não poder mais. Por um lado sentía-me um rato a abandonar um navio que sinto seguir sem rumo, por outro um condenado às galés que teve a hipótese de tirar as grilhetas.

Vamos ver o que trazem os novos ventos e se me levam a bom porto.

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