Negócios da treta

António Feio e José Pedro Gomes criaram as conversas da treta, ao melhor estilo tuga dos dois amigos que opinam sobre tudo e mais alguma coisa.

As últimas semanas têm mostrado a hipocrisia – mais uma – dos lobbies internacionais das produtoras de petróleo e da conivência dos estados ocidentais. O petróleo atingiu mais um máximo histórico, na ordem dos 111 dólares, numa altura em que a recessão bate à porta da economia americana e o dólar perde valor face ao euro, num reflexo directo da sucessão de asneiras do senhor George.

Algumas pessoas questionam-se: “Se o dólar desvaloriza, então a Europa devia ter petróleo mais barato, uma vez que o compramos em euros e estamos constantemente a ganhar face ao dólar”. O que estamos a assistir é ao incorporar da desvalorização do dólar no preço do barril, já que os países produtores argumentam que não podem perder dinheiro e aproveitam a convulsão da moeda americana para irem metendo a unha no preço. E mais uma vez, o ocidente que pague a factura da invasão do Iraque, da crise no Afeganistão, do programa nuclear iraniano e das diarreias mentais do Chavez.

Uma sugestão à OPEP: e que tal passarem a marcar os preços em euros e estabilizar esta crescente onda de preços? A economia americana já não é a maior economia do mundo, tem perdido terreno para a Europa e, a curto prazo, será ultrapassada pela China. O problema é que desta forma deixa de poder encapotar lucros cada vez mais crescentes, engordando as multinacionais do sector e muita da classe política.

A minha esperança que é, num futuro próximo, o petróleo se torne tão caro que as energias alternativas serão rentáveis e nessa altura os adoradores de Alá possam comer sopas de camelo cansado, num cocktail de crude e areia do deserto.

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