Currahee

Ontem, enquanto matava o tempo depois do exame e trocava algumas palavras com amigos mais distantes no msn, um determinado comentário despertou-me a atenção: “O fim de um ciclo”. É assim que um companheiro da tinta classifica este mês de Junho e o seu estado de espírito, com o abandono do airball e da sua equipa de sempre que ajudou a criar e tornou num exemplo de fair-play e desportivismo que todos reconhecem.

Ao olhar para trás vejo que as jornadas dos meus últimos 4 anos partilharam muitos trilhos com ele, desde o regional da Beira Baixa e a Taça de Portugal de 2005 até à última prova a na semana passada. Os títulos são relativos, são as acções que fazemos que marcam a nossa vida, o sentir que tocámos as pessoas com quem convivemos e o sentimento de que deixámos obra feita. Ao deixar este projecto para se agarrar de corpo e alma a outro, este amigo teve umas das decisões mais difíceis da sua vida mas acredito que continue a sua rota de sucesso fazendo o que faz de melhor: trabalhar para os outros em prole de um desporto que ama.

Ao olhar para os que ficam lembro-me dos que partiram, pelas mais diversas razões: novos projectos, limitações pessoais ou profissionais ou aqueles que, simplesmente, partiram. Ao estilo de um filme de guerra os veteranos recebem os novos membros e partem para a próxima época com o espírito que caracteriza o grupo. O desafio será enorme, transformar 12 pessoas numa equipa, mantendo a competitividade e a ambição mas sei que, no final, todos nós estaremos ligados pelo Currahee (we stand alone, together).

Até à próxima jornada Nuvem.