Literatura de férias
Nestes dias, enquanto matava os tempos de espera, consegui terminar o último livro de Frederick Forsyth: The Afghan. Sempre gostei das obras deste autor, muito pensadas e cujo processo criativo é lento e estruturado, ao contrário de muitos autores de guerra e espionagem que anualmente lançam um ou dois novos títulos, a um ritmo alucinante.
Conheci Forsyth através de três filmes: "O caso Odessa", os "Cães da Guerra" e "O quarto protocolo", baseados em títulos da década de 70 e 80. Os temas são bem diferentes, seno primeiro, um jornalista procura um ex-criminoso de guerra alemão, no segundo analis-sea o mercenarismo em África e os jogos de poder das grandes potências nesse continente sendo o terceiro uma história pura de guerra fria, protagonizada por Michael Caine no papel do bom e Pierce Brosnam (o primeiro filme que vi dele) no papel do russo implacável.
Em "O afegão", Forsyt prevê um segundo atentado ao estilo do 11 de Setembro, enquanto paralelamente analisa a vida das duas principais personagens, um oficial inglês e um comandante talibã do Afeganistão. A história dos últimos 30 anos deste país é particularmente curiosa quando vista por um nativo e o livro serviu, para além da gozo de uma boa história de espionagem, para me esclarecer relativamente ao período pós-ocupação soviética e ao aparecimento dos Taliban.
Não vou dizer que é um must mas o estilo é interessante, profundo como John Le Carré mas um pouco mais soft.
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