Tachos e outros trens de cozinha
Os últimos dias têm sido profícuos em acontecimentos culinários, especialmente no que diz respeito à manutenção dos tachos e afins. O Zé, aquele político inconformado que meteu uma providência cautelar contra o Túnel do Marquês – e cujo atraso custou milhões ao contribuinte português – vendeu-se ao actual executivo camarário. Finalmente a malta do Bloco percebeu que o Zé mudou foi de bloco, passou do grupo dos contestatários para os do sistema. Acredito que tenha custado mais que 30 dinheiros mas, provavelmente, a APL também comparticipou qualquer coisinha.
Outro, de nome Loureiro, tenta mostrar que passou ao lado das fraudes em volta do banco que utilizava o Luís Figo na sua publicidade. Faz-me lembrar os julgamentos de Nuremberga, parecia em 1946 que não tinha existido o partido nacional-socialista e que o Adolfo não tinha sido levado em ombros pelo povo. Mais uma vez salvam-se as aparências, como ainda não foi constituído arguido não se vai considerar a demissão. E como ser arguido neste país até pode dar direito a uma indemnização, resta ver as cenas dos próximos capítulos.
Hoje, outra cara da banca privada já viu que não consegue segurar o tacho e comunicou que se demite das actuais funções, desde que tal gesto consiga salvar a instituição. É claro que vai ter que sair com uma “justa” compensação financeira, ao estilo da antiga administração do banco cor-de-rosa. Assim como assim, no final o Estado segura as fortunas (com o dinheiro dos contribuintes) e o mercado baralha e volta a dar.
Imagino a cultura japonesa e o ritual do Seppuku (o hara-kiri motivado pela vergonha) aplicado à sociedade portuguesa. Acho que iríamos ter uma versão light com talheres de plástico, ao abrigo das “Novas oportunidades”.
Outro, de nome Loureiro, tenta mostrar que passou ao lado das fraudes em volta do banco que utilizava o Luís Figo na sua publicidade. Faz-me lembrar os julgamentos de Nuremberga, parecia em 1946 que não tinha existido o partido nacional-socialista e que o Adolfo não tinha sido levado em ombros pelo povo. Mais uma vez salvam-se as aparências, como ainda não foi constituído arguido não se vai considerar a demissão. E como ser arguido neste país até pode dar direito a uma indemnização, resta ver as cenas dos próximos capítulos.
Hoje, outra cara da banca privada já viu que não consegue segurar o tacho e comunicou que se demite das actuais funções, desde que tal gesto consiga salvar a instituição. É claro que vai ter que sair com uma “justa” compensação financeira, ao estilo da antiga administração do banco cor-de-rosa. Assim como assim, no final o Estado segura as fortunas (com o dinheiro dos contribuintes) e o mercado baralha e volta a dar.
Imagino a cultura japonesa e o ritual do Seppuku (o hara-kiri motivado pela vergonha) aplicado à sociedade portuguesa. Acho que iríamos ter uma versão light com talheres de plástico, ao abrigo das “Novas oportunidades”.
Comments
O tribunal de contas irá ainda que analisar mais umas tantas obras antes de emitir um parecer. Mas porquê? Não se pode agir já? Até lá, quantas mais obras vão pelo mesmo caminho?