Pérolas do Adriático
Ainda a respeito da última jornada por terras dos Balcãs, ficaram para o fim as referências das cidades da Croácia, autênticas joias duma costa por onde passaram os gregos, romanos, bárbaros, venezianos, turcos e austro-hungaros.
Pula é um dos maiores centros romanos da região, com o seu circo de três andares intacto e um templo de Apolo perfeito. Foi um prazer caminhar nestas ruas e cheirar um tão belo período da história.
Zadar foi um importante porto veneziano e guarda no seu centro histórico diversos monumentos de referência, como a basílica património da UNESCO ou as belas muralhas que rodeiam toda a ilha que deu origem à cidade. O único senão foi mesmo a estadia, já que no centro de Zadar apenas existe um hotel e quase toda a oferta está na periferia.
Split é uma das principais cidades da Croácia, um grande porto marítimo para onde convergem dezenas de navios diáriamente. No entanto, o seu principal ex-libris também é romano - o templo de Diocleciano - a partir do qual a cidade se desenvolveu. As calçadas respiram séculos de acontecimentos e o ambiente nas lojas e restaurantes fazem de Split um bom local de visita.
Por fim, a última joia, aquela que obrigou a uma grande jornada fruto da sua localização no extremo sul do Croácia. Muito se pode escrever sobre Dubrovnik, a sua importância como porto e como foi cobiçada por venezianos e turcos, a sua independência como sede da Républica de Ragusa (previlégio que apenas perdeu quando foi conquistada por Napoleão) e, num passado bem mais recente, como palco da luta entre Croatas e Sérvios após o desmembrar da Jugoslavia. A história está bem presente no esforço que a UNESCO fez em reconstruir os edificios bombardeados pela artilharia sérvia. Fica uma imagem desta bela cidade e o desejo de lá voltar daqui a uns anos.
No regresso ainda houve tempo para uma breve incursão a uma ilha, onde a capital Korcula mereceu atenção especial. Sabendo que existem centenas de ilhas na costa Croata, quantos locais de sonho passaram ao lado?
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