Morte anunciada

Foi com muita pena e algum conformismo que ontem recebi a notícia: a minha antiga empresa onde trabalhei cerca de 9 anos irá abandonar Portugal, ficando simplesmente a gerir a carteira de contratos até acabarem.

Os indicadores começaram no final de 2007 e os mais corajosos decidiram cortar os laços de muitos anos ainda durante 2008 mas depois de duas restruturações, e no meio de uma crise que afectou o mercado financeiro, não restam dúvidas que quem mudou - como eu - tomou a decisão certa.

Ainda recentemente, num processo de headhunting, me disseram na cara que guardava algum rancor quando falava na saída da GE. Como se fosse possível ter algo contra uma entidade que sabemos que ia desaparecer. Saí bem, para outro grande grupo, mas é impossível esquecer tudo o que passei na empresa onde cresci como profissional e como pessoa.

Como esquecer as milhares de horas onde trabalhei ombro a ombro com alguns dos melhores profissionais que conheci, gente de muito talento e que deu tudo, alguns deles que acreditaram até ao fim e se encontram agora numa situação complicada. Para eles o meu abraço solidário e o desejo que ultrapassem esta fase da vida, com a certeza que nunca mais olharei para uma multinacional da mesma forma.

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