Bébés, politicos e chorões

Anda meio mundo histérico com o anunciado fecho da MAC.
Uns porque nasceram lá, outros porque são do contra e acham que tudo são medidas para cortar custos, outros ainda porque são da cor que não está no poder e nunca concordam com nada.

O que pouco gente diz é que num raio de 5 km da MAC há duas maternidades, Santa Maria e Estefania, onde nascem bebés com toda a segurança.

Numa cidade cada vez mais envelhecida, com os casais jovens a fugir para a periferia, a realidade é que não nascem crianças em número suficiente para as maternidades que existem. Às duas que referi acrescenta-se S. Francisco Xavier, Amadora, Loures, Cascais e Almada. E não conto com o privado, onde se industrializaram as cesarianas para as pessoas terem partos "no calendário" e não terem que passar pelo trabalho (de parto, claro).

Das duas uma, ou quem planeou os novos hospitais periféricos andava a dormir quando os construiu com maternidades - na altura queixavam-se que nasciam bebés na Calçada de Carriche em hora de ponta, ou então chegamos à conclusão que centralizar é bom.

Para mim há muito lobby, pouca clarividência e uma enorme resistência à mudança. Admiro-me que ainda não surgiu uma petição para defender as camas portuguesas onde nasceram milhares de crianças há umas décadas atrás.

Choram muito e pouco mais.

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