O adeus ao palco

Vi vários papeis do Nicolau Brayner, e reconheço-lhe muito do mérito do que foi feito em televisão e cinema em Portugal desde a revolução. Infelizmente vemos os anos passar quando algumas referencias, que me habituei a ver em criança, envelhecem comigo.

Por outro lado, ao ver a noticia dois outros factos mexeram mais comigo. O primeiro foi 1940, ano do nascimento do meu pai, o segundo a morte por doença cardíaca, a relembrar-me o enfarte que o meu pai teve no passado Dezembro e quão depressa a vida se pode sumir. de um dia para o outro.

Sei que a morte é a única certeza que temos, e que o legado que o Nicolau deixou é enorme. Por outro lado, acredito numa vida bem vivida, com prazer pelo trabalho, pela representação, pela arte. Um grande bem haja, onde quer que ele esteja, porque com toda a certeza vai honrar um grande palco numa outra vida. Fica a personagem dele que me traz memórias de uma infância, também ela já com mais de três décadas.

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