Lamechices I

Os dias vão passando e a data da saída está à porta. Hoje foram as primeiras despedidas por terras do Douro, com alguma emoção à mistura. Se alguns dos cumprimentos foram da praxe, outros custaram mais, sabendo que esta jornada está a terminar. Guardo com especial carinho o mimo da minha equipa, com quem trabalho há vários anos e a quem foi mais difícil dizer adeus. 

Relembrando estes sete anos e quase meio, muito foi feito. Nunca tinha gerido tantas pessoas e quando penso que em plena crise (2012-2013) tinha à minha responsabilidade 28 almas de um total de 34, compreendo que cresci imenso nesta ultima jornada profissional. Entre a compreensão do carácter humano, passando pela hipocrisia das organizações e pelas jogadas de bastidores, ficam boas recordações e a sensação de dever cumprido. 

Reestruturei equipas, com total apoio da chefia direta que nunca me deixou mal; motivei comerciais quando se produzia um terço dos anos anteriores; desenvolvi produtos, campanhas e incentivos; ajudei a desenvolver e implementar aplicativos, onde aprendi imenso com as equipas de IT e ganhei competências que não tinha; enfim, foram anos de conquistas, vitórias, algumas derrotas e muitas alegrias, que culminam na despedida que "os meus" me fizeram hoje. Sem equipas como estas é impossível ter sucesso.


Em 2016 comecei a ler uma série de romances históricos do Bernard Cornwell, que contam a vida de Uhtred de Bebbanburg, um nobre pagão que é o pilar de defesa dos reinos católicos no que viria a ser a Inglaterra do século IX. É dele a frase que deixo hoje:

“Wyrd bið ful āræd. Fate is inexorable.” 

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