Há vida para além do défice

Esta expressão tem cerca de 14 anos e foi dita presidente da república de então - o cenoura - para criticar a visão demasiado rígida da ministra das finanças do governo de direita, cuja visão mais rigorosa tentava reduzir aquilo que, na minha opinião, é o maior fracssso económico em Portugal desde que nos conhecemos como nação.

Hoje, com uma inversão de papéis - presidente de direita e governo socialista - vejo a esquerda refilar que a folga orçamental não deve ser utilizada para reduzir o défice e que deve ser gasta na máquina do Estado.

Foi esta visão de que a “dívida nunca se paga” - outra pérola de um primeiro ministro que foi mestre em gastar o que era dinheiro público para arrecadar o que podia a título particular, numa bipolaridade tipo cigarra pública vs formiga privada.

Não tendo votado no atual partido que governa Portugal, congratulo-me por finalmente existir quem tem juízo na cabeça e percebe que a jornada tem que ser feita a médio / longo prazo: uma redução de dívida implica diretamente uma redução dos juros pagos, e um défice inferior à taxa de inflação é o primeiro passo a dar. Saudo Mário Centeno por se manter fiel ao seu princípio, acreditando  que ainda vamos ter dois bons anos de turismo que irão ter um efeito direto nas receitas do IVA e que vão ajudar à consolidação orçamental.

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