Rorke's Drift

O nome pouco diz mas ficou na história como uma das batalhas épicas , daquelas onde menos de duas centenas se bateram contra alguns milhares e viveram para contar.

Em pleno século XIX o império britânico alargava as suas possessões ultramarinas. No continente africano os ingleses marcavam posições no Egipto e procuravam a famosa ligação do Cairo ao Cabo, que culminou no Ultimatum que fizeram ao rei D. Carlos a exigir o território entre Angola e Moçambique. A sul, o expansionismo britânico virava-se para o império Zulu, nação orgulhosa e a maior da região.

No entanto, as primeiras investidas revelaram-se dificeis, com os ingleses a serem fortemente derrotados em Isandlwana, no que ficou para a história como a maior derrota do exército britânico contra forças nativas. Após a pesada derrota, nada impedia os Zulus de marcharem sobre território inglês, tirando uma pequena guarnição de 139 homens que tinha ficado para trás a proteger um hospital de campanha, numa missão em Rorke's Drift.

A batalha ocorreu no dia 22 e 23 de Janeiro de 1879 e no final os Zulus retiraram, depois de elevadas baixas. Para a história ficou a batalha com mais Victoria Cross atríbuidas (11 num total de 1354 condecorações entregues em toda a história) e um testemunho de que o desequilibrio de forças não quer dizer tudo.

Comments

AC said…
A polvora, sempre ela... (das historias mais tristes da polvora, guardo a das naus Lusas a massacrar Samurais a tiro de canhão nos Portos do Sol Nascente...)

Os primeiros episodios da serie televisiva Shaka Zulu têm uma inteligencia rara para dois comandantes, adorei...

Ja reparaste que as mais pesadas derrotas de todos os povos são "fora-de-portas"...
Quando saimos das nossas fronteiras, tendemos a lembrar mais intensamente os feitos.

Ja sei que ando para aqui no limite do Off-Topic mas é que mesmo respeitando os Herois, não sinto alegria nesta vitoria :)

Abraço grande MIA
Jerusa said…
Se deixarmos de lado as questões políticas, morais, ecológicas, etc, talvez possamos enxergar aquilo que o filme propõe com grande maestria: a perspectiva de quem luta, não importando se a causa é nobre ou não. Fugir ou lutar, morrer lutando. Encontrar uma estratégia apesar do medo, conseguir pensar apesar do pavor. Manter a ordem, a disciplina o ânimo quando muitos caem mortos ao seu lado, não deixar que sua mente, que só diz para você correr, domine você. Sendo a batalha inglória ou não, os soldados que resistiram a ela (todos eles e não só os onze que foram condecorados) são um exemplo a ser seguidos por nossa atual sociedade tão carente de homens valorosos.
É um dos meus filmes preferidos.
Thærekh said…
E continuando é um dos meus filmes favoritos.
Thærekh said…
O que o Dias colocou, é de suma importância. Realmente a tecnologia gerá uma diferença em qualquer conflito. Mas com a jerusa comentou e concordo com ela. Se as pessoas não tiverma brio, coragem, paz de espirito, disciplina e caracter. Nada tinha cido possível. pois na batalha anterior 1200 britânicos e mais 800 tropas auxiliares tinhma sucumbido. E hoje o que mais nos faltam são pessoas sem medo de correr riscos. Só poderemos evoluir melhor se resgatarmos todos os principios que temos perdidos nos últimos milênios. Essa perda de valores não vem de hoje. E precisamos resgatar tudo isso. Mover toda a energia da humanidade para nossa evolução em paz e equilibrio. :)

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