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Showing posts from July, 2009

Memórias

Já por aqui escrevi a respeito do 14 de Julho e da tomada da Bastilha , como também já escrevi sobre o herói das duas rodas , por quem tenho um especial carinho. Hoje, ao olhar para o calendário, vejo que já passou um ano sobre o 1º tópico e dois anos sobre o segundo. Por terras de França, via ontem a notícia de um grupo de trabalhadores que ameaçava explodir a antiga fábrica onde trabalhavam se não recebessem uma indemnização compensatória pela perda do seu posto de trabalho. Se a moda pega, ainda vemos louça das caldas pelos ares e, com sorte, alguma pendurada na armação de um ex-ministro. Quanto a Armstrong, depois de uma paragem na competição, eis que voltou ao Tour e segue em 3º lugar, a apenas 8 segundos da camisola amarela. Que mais se pode escrever sobre este homem, exemplo que força, querer e ambição? Temos menos de 4 meses de diferença na idade e partilhámos da minha experiência no que à saúde diz respeito. Apesar da dele ter sido muito mais intensa, graças ao meu diagnóstico...

Pobreza Franciscana

Acabado de chegar do concerto de Tiersen, acredito ter presenciado um dos piores espectáculos que alguma vez vi ao vivo. Já tinha sido avisado da onda mais "distorcida" que ele tinha apresentado noutro concerto em Portugal mas decidi dar o beneficio da dúvida ao autor de "C'était ici" e do "Fabuloso destino de Amelie Poulain". No final ficaram três musicas dentro das espectativas e uma mão cheia de registos multidistorcidos e sem grande virtuosísmo, num estilo mixto de punk e banda de garagem de rating B. Uma grande desilusão.

Touradas

Nunca fui um aficionado da festa brava, tirando a parte final da lide, onde encontrava muito valor quando alguns bravos tentavam pegar o touro. O resto repugna-me, o picar do bicho, o cortar a orelha, a falada “Sorte de Varas” ou a morte com a espada. No entanto, ao ver a fotografia do Manuel Pinho em pontas, veio-me à memória Chibanga e imaginei o Pinho e investir o Ricardo, a pé, a passar-lhe a capa frente aos olhos. No final do plenário, o país viu terminar a participação de um dos ministros mais fúteis que alguma vez vi em acção, com um pedido de demissão que me pareceu mais obrigado que outra coisa. Mas como não se pode passar uma imagem de impunidade, há que sacrificar o bicho, assim como no conto do Miura n’’”Os Bichos”, de Miguel Torga, onde no final o touro se atirou contra a espada para acabar o sofrimento. Será que Pinho se fartou disto, e adivinhando uma hecatombe eleitoral, se quis por ao fresco? Ou foi simplesmente mais uma “vítima” da arrogância socialista, a quem tudo t...